Pessoal, não sei quem ta acompanhando as notícias, mas o Sudão está passando por um momento de extrema tensão. O país se dividiu, agora existe Sudão do Norte e Sudão do Sul, este último se tornou independente. O que aconteceu foi que o presidente AL Bashir declarou, dias atrás, que os cristãos teriam que deixar o Sudão do Norte, pois este se tornaria um país “com um só língua, uma só cultura, uma só religião”.
Agora, a tensão se fortaleceu, pois há poucos dias o presidente determinou um prazo para que a referida migração coletiva aconteça: até 8
de abril. Pastores sudaneses tentam encontrar a linha emocional correta entre a fé e o desespero. Na verdade, ninguém sabe como serão os próximos dias. Não sabem se os filhos poderão seguir normalmente na escola. Não sabe se as esposas estarão em segurança nas ruas e nos mercados. Não sabem como e onde estarão os irmãos de fé.
Por que eles simplesmente não se mudam? Primeiro, todo processo migratório coletivo é extremamente difícil. Os preços no sul aumentaram absurdamente, após a emancipação do país. Há muitos estrangeiros, funcionários de organizações humanitárias, diplomatas e negociantes, o que também inflaciona. Se todos vão para o mesmo lugar, é natural que se gere concorrência naquele destino.
Segundo, a questão do vínculo afetivo é importante. Muitos cristãos pertencem etnicamente ao Sul, por serem filhos de tribos daquela região, mas nasceram e cresceram no norte. Têm uma vida aqui em Khartoum. É aqui que seus sonhos foram gestados, aqui estudaram, aqui conheceram seus cônjuges. Não querem sair de casa porque estão em casa.
Por último, o motivo que poucos entendem: há toda uma questão étnica em jogo. Muitos cristãos do norte são árabes – não são originários de raças tribais negras, do sul do Sudão. Eles são ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo, o que constitui, por si só, um crime mortal. Esses irmãos não podem se identificar no norte, mas não teriam espaço no sul, pois são naturais do norte, do país que tem sido historicamente o opressor.
O pastor Mário Freitas, presidente da MAIS – Missão em Apoio à Igreja Sofredora está no Sudão. Conversando com pastores, o testemunho que ele ouviu foi: “Essa páscoa será diferente, pois 8 de abril os cristãos serão forçados a deixar o país. Mas na Bíblia, páscoa é libertação. Nós vamos ficar. Só Cristo pode nos tirar daqui”. Leia a matéria completa, escrita pelo Pr. Mário, em: http://www.maisnomundo.org/blog/a-pascoa-do-ocidente-e-a-perseguicao-no-sudao/
Oremos pelo Sudão, pessoal. São nossos irmãos. Deveríamos nos sentir angustiados por eles e com eles! Dobremos nossos joelhos e clamemos a Deus pela libertação e proteção desses irmãos.
“Lembrem-se dos aprisionados, como se estivessem presos com eles; e dos que são maltratados, como se vocês mesmos estivessem sendo maltratados com eles.” Hebreus 13.3 – QUE ASSIM SEJA! Amem!
God bless! :*